Novo equipamento social da NÓS cria dinâmica de desenvolvimento na região

Inauguração de ‘Uma Cidade Para Todas As Pessoas

Cerca de 200 pessoas uniram-se nesta quarta-feira, dia 4 de Junho, na inauguração do novo equipamento social da NÓS – Associação de Pais e Técnicos para a Integração do Deficiente, na freguesia de Santo André, no concelho do Barreiro, data em que esta instituição celebrou o seu 32º Aniversário. Neste dia especial, a Direção da NÓS considerou estar a dar “um salto significativo” nas condições de vida que proporciona às pessoas com deficiência com respostas sociais supra concelhias abertas a mais 80 utentes e que geram desenvolvimento económico e social na região com a criação de cerca de 40 postos de trabalho.
Numa cerimónia protagonizada pelo presidente de Direção da NÓS, Mário Durval, pela vice-presidente da Câmara Municipal do Barreiro (CMB), Sofia Martins, e pela diretora do Centro Distrital da Segurança Social (CDSS) de Setúbal, Ana Clara Birrento, o responsável da instituição admitiu ser “uma alegria muito grande para a família NÓS a inauguração deste novo equipa-mento”, encarando a presença de todos como “um grande estímulo”. Mário Durval sublinhou o “grande salto” na qualidade das condições prestadas aos utentes e suas famílias, nomeada-mente com o alargamento do Centro de Atividades Ocupacionais (CAO) – de 12 para 30 jovens – e a abertura de duas novas valências: as Residências Autónomas – com resposta para 20 pessoas – e do Serviço de Apoio Domiciliário – com resposta para 30.
“Foi feito um grande esforço que implicou um investimento financeiro global de cerca de 1 milhão e 711 mil euros (sem IVA), para o qual contámos com os subsídios do Programa Operacional Potencial Humano (POPH) do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) 2007-2014, no valor de cerca de 1 milhão de euros, e com o apoio da autarquia do Barreiro na cedência do terreno, apoios que muito estimamos. Mas ainda existe um esforço de financiamento próprio da NÓS, de cerca de 544 mil euros, pelo que, a partir de agora, a nossa energia será canalizada no sentido de cobrir, de forma sólida, o empréstimo realizado e, por isso, contamos com todos, pois é essencialmente com o pequeno esforço e a pequena iniciativa que todos juntos vamos construindo o caminho para que a NÓS se engrandeça”, argumentou o presiden-te de Direção.
Na opinião de Mário Durval, o crescimento mais relevante da NÓS não deve sentir-se somente quanto ao número de edifícios inaugurados. “O mais importante são as pessoas que neles es-tão e as que têm portas abertas para neles entrarem. É este caminho que a NÓS vai construin-do, de futuro, de espaço aberto à comunidade e às famílias, com espaços de inclusão para que todos possam viver em conjunto, independentemente das suas características e das suas mai-ores ou menores capacidades, algo que tem a ver o próprio «ADN da NÓS», como os nomes atribuídos aos nossos projetos demonstram, neste caso ‘Uma Cidade Para Todas As Pessoas’”, contextualizou o responsável.
“Reforçar a Cidadania” como “um direito de todos os cidadãos” é algo que a Direção da NÓS assume, por isso, como “um dever” ao inaugurar mais respostas sociais. “Demos as nossas mãos e esforcemo-nos por construir uma NÓS ainda melhor, mais inclusiva e que possa de facto ser um orgulho para quem cá trabalha, para as famílias que se integram connosco e tam-bém para as cidades com que trabalhamos”, apelou.
No final da sua intervenção, Mário Durval destacou ainda o envolvimento do diretor técnico Humberto Candeias no processo de acompanhamento de todo o projeto em mãos, elogiando o “trabalho extenuante que teve em pôr esta obra de pé”. Humberto Candeias frisou, por sua vez, que “decisivo para todo o processo foi, de facto, o papel de muitas pessoas e entidades”. “O trabalho quando feito em conjunto dá resultados e é possível fazer coisas realmente impor-tantes”, afirmou o diretor técnico da NÓS.
“Este projeto reforça a convicção de que todos contam”
Para a vice-presidente da CMB, ‘Uma Cidade Para Todas As Pessoas’ constitui-se como um projeto de inclusão que “leva a refletir, de forma alargada, sobre a sociedade em que nos envolvemos e nos reforça a convicção de que todos, com as suas características, são importantes para a nossa sociedade”. “Este é um projeto que nos obriga a pensar sobre a importância das políticas de inclusão e os fatores de participação e cidadania, [sendo que] a participação de todos é um elemento central e imprescindível para um crescimento sólido da nossa cidade”, afirmou Sofia Martins.
A autarca salientou o trabalho de proximidade realizado pelo município, que, ao longo de anos, tem sido complementado pelo trabalho das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS). Sofia Martins realçou, nesse sentido, que “o município está ciente da relevância que, na sociedade de hoje, as IPSS possuem e da melhoria da qualidade de vida que possibili-tam a muitas crianças, jovens e idosos”.
“Hoje, a NÓS, com o apoio do município do Barreiro, quis aproximar-se do objetivo de respon-der às necessidades de todas as pessoas, com o fim de melhorar significativamente a sua qua-lidade de vida e a participação social na comunidade em que se insere. Fá-lo, certamente, com a consciência de que não é possível uma sociedade em que a democracia participativa afaste as pessoas baseando-se em fatores discriminatórios”, apontou a vice-presidente de Câmara, ao elogiar o aumento da capacidade da NÓS em “atender diferenciadamente várias famílias com necessidades específicas, em função da sua autonomia e do seu projeto de vida pretendi-do”.
“[Esta inauguração] comprova o forte dinamismo da instituição”
Em representação do ministro da Solidariedade, Emprego e Solidariedade Social e da presidente do Instituto de Segurança Social (ISS), a diretora do CDSS de Setúbal demonstrou o “apreço” destes responsáveis “pelo trabalho desenvolvido pela NÓS e pela perseverança na prossecução de objetivos, no sentido de promover a prevenção, a deteção e a recuperação de crianças e adolescentes com deficiências profundas e a adaptação destas e dos pais e a respetiva rein-tegração na sociedade”. Na perspetiva de Ana Clara Birrento, para isso tem contribuído a criação de “infraestruturas necessárias, sensibilizando a comunidade e apoiando as famílias”, com respostas sociais como as ontem inauguradas, bem como algumas já existentes, nomeada-mente o Centro de Apoio Familiar e Aconselhamento Parental (CAFAP), o CAO, o Lar Residencial, a Creche ‘Os Pirilampos’ e o Protocolo de Colaboração de Intervenção Precoce, que “apoi-am mais de 220 utentes”.
“[Esta inauguração é] um facto que comprova o forte dinamismo da instituição, aliado a uma forte capacidade técnica organizativa e a uma especial aptidão na concretização de parcerias, quer com as autarquias quer com o setor privado, que se têm revelado fundamentais na con-cretização dos seus objetivos. A perceção de que a inclusão social de pessoas portadoras de deficiência não é uma tarefa exclusivamente técnica mas também social e cultural tem condu-zido a NÓS a abrir espaços de intervenção e de interação com outras populações e outras enti-dades na comunidade, tendo conseguido ao longo dos seus 32 anos de existência criar novas respostas sociais”, elogiou a diretora do CDSS de Setúbal.
Além de corroborar a importância dos apoios facultados para a edificação de ‘Uma Cidade Para Todas As Pessoas’, Ana Clara Birrento lembrou que, “se o apoio à construção e investimento foi fundamental, o apoio ao funcionamento é um pilar crucial da contratualização entre o ISS e as IPSS”. “Neste momento, o Estado transfere para a NÓS cerca de 750 mil euros anuais e acreditem que estamos a trabalhar, com o apoio da Comissão Distrital de Avaliação e Acompa-nhamento dos Protocolos e Acordos de Cooperação, para encontrar formas de financiamento para o funcionamento das valências que aqui hoje inauguramos, pois o ISS e o Centro Distrital reconhecem a necessidade das respostas na área de intervenção em que a NÓS opera, pre-vendo que, em tempo oportuno, haja a capacidade para celebrar acordos de cooperação”, prometeu a responsável.
“Se no passado recente contámos com as IPSS para responder ao momento de crise, no futuro contamos convosco para impulsionar o crescimento económico e solidário e o emprego”, acrescentou Ana Clara Birrento ao finalizar, destacando que, no distrito de Setúbal, as IPSS representam 6% do emprego remunerado e que “a criação de cerca de 40 postos de trabalho, por parte da NÓS, é um fator de desenvolvimento essencial para a região”.

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