Dinâmica decorreu no contexto do Dia Internacional do Voluntariado
Quinta ‘Conversa com Impacto’ coloca foco na Capacitação e Gestão de Voluntários
Sensibilizar para o compromisso, apostar na capacitação e na gestão do Voluntariado! Estes são desafios que implicam mudanças na área do Voluntariado e, consequentemente, do Associativismo em Portugal, conforme apurado na quinta ‘Conversa com Impacto’ da NÓS, realizada nesta segunda-feira, na StartUp Barreiro.
A pensar na data que se celebra nesta terça-feira, dia 5 de dezembro – Dia Internacional do Voluntariado -, a manhã foi dedicada ao tema ‘Associativismo, Voluntariado e Boa Vontade. Que futuro?’ e reuniu instituições, comunidade e os seguintes oradores convidados:
✅ Eugénio Fonseca, presidente de direção da Confederação Portuguesa do Voluntariado
✅ Rui Pereira, vereador com o pelouro do Associativismo na Câmara Municipal do Barreiro
✅ Artur Martins, dirigente e investigador da vida associativa
✅ Isabel Rebelo, vice-presidente da ANIMAR – Rede de Promoção da Cidadania e do Desenvolvimento Local
✅ Joana Pereira, presidente da Associação ‘Para Onde?’.
Entre os presentes ficou entendido que tanto o Associativismo como o Voluntariado podem não estar em crise, mas sim sofrer também com o impacto de outras «crises» que atingem a sociedade, de que são exemplo a recente pandemia e a crise económica.
Considerando que o Voluntariado e o Associativismo continuam a ser entendidos como pilares de uma sociedade democrática e participada, a revisão da Lei do Voluntariado foi apontada como prioritária, não só para se adaptar a várias formas de Voluntariado hoje em dia existentes (individual, empresarial, digital, de competências…) como à idade do seu exercício por cada cidadão.
Certos de que “o Estado por si só não consegue fazer tudo”, “nem o deve”, a responsabilidade pela evolução foi repartida entre as apostas que podem ser efetuadas pelo próprio Estado, pelas associações (leia-se instituições, coletividades e clubes) e pelos próprios cidadãos.
Além da necessidade de “um trabalho em rede e em parceria” entre associações que devem ser mais coesas comunicando entre si, também a criação de condições para o exercício do Voluntariado foi considerada prioritária, nomeadamente, por exemplo, através de:
– cedência de passe gratuito a voluntários ou apoio no pagamento dos Seguros de Voluntariado por parte do Estado,
– consideração de horas de voluntariado pelas empresas no âmbito da sua Responsabilidade Social,
– abertura dos dirigentes e desburocratização no acesso ao Voluntariado por parte das associações,
– retenção de voluntários através de práticas associadas a salário emocional,
– sensibilização para o compromisso e capacitação dos voluntários através de formação,
– aposta na profissionalização de quem faz a gestão de Voluntariado nas instituições,
– investimento nas escolas ao nível da educação para a Cidadania e para a prática do Voluntariado.
Certa ficou também a necessidade de o Associativismo manter a sua liberdade, sobretudo «partidária», e pugnar pela não dependência de subsídios, por forma às associações não limitarem a sua criatividade. Somente com a aceitação de todos e todas que pretendem contribuir para o bem-comum, independentemente das suas opções partidárias, religiosas ou outras, é possível conquistar contributos mais ricos e que se complementam num olhar a pensar mais no próximo.
Refira-se que esta última ‘Conversa com Impacto da NÓS contou com a feliz moderação da jornalista barreirense Filomena Barros e o resumo atento e emotivo do diretor do jornal ‘Rostos’, António Sousa Pereira.
A NÓS termina com esta temática a sua iniciativa ‘Desafios e Mudanças no Setor Social – Conversas com Impacto’, dinamizada no ano 2023 com o valioso apoio dos parceiros McDonald’s Barreiro, Câmara Municipal do Barreiro, StartUp Barreiro, Gravity – Creative Dynamics, Pastelaria Nova Geração, Jornal ‘Rostos’ e Jornal ‘O Setubalense’.
Um ciclo que tem trazido impacto nas mentes de cada cidadão participante assim como, esperamos, nas ações das diferentes entidades envolvidas à Conversa, com vista à colocação em prática de mudanças que pretendem valorizar o Setor Social e priorizar o investimento nele efetuado.
