Em visita do Departamento Federativo das Mulheres Socialistas de Setúbal
“Criar respostas sociais de raiz ou aumentar a capacidade das existentes”. Estas foram as principais sugestões deixadas pela Direção da NÓS – Associação de Pais e Técnicos para a Integração do Deficiente a Ana Santos, Presidente do Departamento Federativo das Mulheres Socialistas do Distrito de Setúbal, na visita realizada por esta responsável distrital a esta instituição no dia 13 de setembro.
A visita de vários elementos do Departamento Federativo das Mulheres Socialistas de Setúbal à nova sede da NÓS, que abrange as respostas de Centro de Atividades Ocupacionais, Residências Autónomas e Serviço de Apoio Domiciliário, foi antecedida de uma reunião com vista a ouvir opiniões e a perspetivar soluções que permitam melhorar a vida das mães de crianças e jovens com deficiência. Para Ana Santos, auscultar as instituições que atuam nesta área de apoio social vem permitir reunir contributos para que os governantes consigam “melhorar algo na vida destas mulheres que são, por vezes, o único sustento do seu agregado familiar”.
Paulo Braz, presidente da Direção da NÓS, admitiu ser esta uma questão que está, desde sempre, entre as prioridades da NÓS, estando “na génese da Associação prestar o melhor apoio possível aos utentes e às suas famílias, no campo da deficiência ou da exclusão social”. “A NÓS tem um caráter muito participativo em termos de inclusão social, motivo pelo qual várias mães dos nossos utentes estão incluídas entre os trabalhadores da Associação”, contextualiza o diretor.
Os últimos anos “de grande crescimento da NÓS” – instituição que abrange hoje 10 respostas sociais à comunidade – têm sido vividos no sentido de ir colmatando a “grande falta de oferta de respostas à população na área do apoio à deficiência”, admite Paulo Braz.
“Para melhorar algo só se nos permitirem, enquanto Associações, aumentar a capacidade das nossas respostas ou apoiarem-nos para conseguirmos criar respostas de raiz. No nosso caso, temos como objetivo ir melhorando as respostas que já temos com base na sustentabilidade económica mas para isso também seria importante que o financiamento às instituições cobrisse o apoio à gestão a nível financeiro, contabilístico e de manutenção, pois são também áreas necessárias nas instituições de cariz social além da área técnica; falta verem as instituições também numa vertente profissional e de sustentabilidade como empresas, não para obter lucro mas para as instituições não «desaparecerem»”, sublinha o presidente.
A tentativa de atingir um equilíbrio rumo à sustentabilidade tem sido um processo difícil, face ao “prejuízo económico causado por algumas respostas com mensalidades muito baixas que se procura contrabalançar com a criação de respostas economicamente mais sustentáveis”. “Sempre que detetamos lacunas a nível social procuramos encontrar soluções para que as respostas existam; tem sido esse o nosso contributo para melhorar a resposta aos utentes e às famílias”, reforça Paulo Braz, lembrando que as respostas da NÓS procuram cobrir as várias faixas etárias.
Refira-se que após a auscultação de várias instituições, o Departamento Federativo das Mulheres Socialistas de Setúbal tem como objetivo organizar um debate em torno das questões levantadas durante as visitas em curso, com a participação da Secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes.