Em visita ao ‘Projeto Uma Cidade Para Todas As Pessoas’
O novo equipamento da NÓS – Associação de Pais e Técnicos para a Integração do Deficiente em fase de conclusão em Santo André – ‘Uma Cidade Para Todas As Pessoas’ – foi visitado pela autarquia do Barreiro, no dia 4 de Abril, no âmbito da QUINZENA DA SAÚDE, DA SOLIDARIE-DADE E DO VOLUNTARIADO. No local, Regina Janeiro, responsável do executivo municipal pelo Departamento de Desenvolvimento Sociocultural, enalteceu o papel que o conjunto de respos-tas sociais, a inaugurar até ao início de Maio, trará para o Barreiro e para os concelhos vizinhos.
Numa visita guiada pela obra prestes a terminar, a direção da Associação NÓS deu a conhecer à vereadora Regina Janeiro e à restante comitiva as instalações do novo Centro de Atividades Ocupacionais, das quatro Residências Autónomas e do Serviço de Apoio Domiciliário. Em nome do executivo municipal, a autarca admitiu ser este um dos equipamentos “que se viram nascer e crescer no concelho e que estão quase prontos a abrir portas à sua missão”.
“Viemos fazer um ponto de situação do que há oito anos era uma ideia, há cinco anos ganhou um terreno e hoje está praticamente concluído para, a seguir, dar entrada em funcionamento e assim, naturalmente, vir a dar resposta às pessoas com deficiência do concelho e não só, às suas famílias, sem esquecer a ajuda que trará no desenvolvimento social e económico do concelho, na medida em que vai gerar postos de trabalho”, contextualizou a vereadora.
Sendo a falta de respostas na área da deficiência “uma carência de âmbito nacional”, Regina Janeiro recorda que “havia a preocupação de ter no concelho uma resposta que não fosse somente local mas sim supramunicipal”. “O que a NÓS quis fazer correspondeu, de todo, a algo que para a Câmara Municipal do Barreiro (CMB) já era uma necessidade e que estava mencionada no Diagnóstico Social do concelho. Digamos que estamos a pouco tempo de contribuir
para a resolução de um problema, sendo este um equipamento muito bem-vindo. Penso que temos uma Rede Social que tem muita qualidade, com instituições particulares de solidariedade social (IPSS) que têm procurado dar respostas muito importantes às pessoas, com vista a servi-las face às suas necessidades”, contextualizou a responsável. Humberto Candeias, diretor técnico da NÓS, realçou que as três respostas integradas “representam, no seu conjunto, um salto na capacidade e também na qualidade de atendimento” aos cidadãos com deficiência ou em situação de dependência. “Infelizmente, no nosso concelho, como em muitos outros municípios, existem edifícios provisórios que não têm as condições que todos pretendemos proporcionar a estas pessoas, como a qualidade nas instalações e na relação de outros indivíduos com elas próprias, e este é um passo facilitador; o Barreiro e os concelhos vizinhos mereciam uma resposta com outras condições”, frisou Humberto Candeias. Apoio da comunidade continua a ser imprescindível Com uma data de inauguração apontada para “final de Abril ou início de Maio de 2014”, Humberto Candeias admitiu que tudo está “dependente da atribuição da licença de utilização do equipamento, o que depende, por sua vez, de várias vistorias a realizar”. O diretor técnico lembrou que a instituição está, entretanto, “há cerca de três meses a trabalhar na organização das novas respostas sociais”, esperando agora que estas entrem rapidamente em funcionamento, sendo para tal necessário estabelecer os respetivos acordos de cooperação com a Segurança Social. Mário Durval, presidente da direção da NÓS, não deixou de considerar que “o processo de união de vontades” entre entidades envolvidas para pôr de pé o projeto ‘Uma Cidade Para Todas As Pessoas’ “tem vindo a correr bem”, com “momentos de grande celeridade de resolução de problemas, nomeadamente dificuldades burocráticas”. Humberto Candeias acrescenta, no entanto, que, “embora em fase de conclusão, este projeto não acaba aqui” e, por isso, a NÓS “vai continuar a precisar do apoio da comunidade e das instituições para que tudo corra bem”.
“Este projeto exigiu uma comparticipação pública muito importante, na ordem de 1 milhão e 200 mil euros, bem como a cedência de terreno pela CMB, mas também exigiu à Associação NÓS cerca de 500 mil euros. O projeto está concluído mas teremos que encontrar, só este ano, mais 44 mil euros para pagar juros e amortizações dos investimentos contraídos e, a partir de 2015, serão mais 70 mil euros que teremos que encontrar anualmente até 2017, ano a partir do qual esta verba irá reduzindo progressivamente”, explica o diretor técnico.
